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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

PERFEIÇÃO

Quem teve a audácia
De pintar em ti essa cor?
A divindade
De desenhar em tão finas linhas
Esse rosto que ilumina?
Quem teve a genialidadeDe plantar nele lábios tão perfeitos?
Quem?
Me diga.
Teria a coragem
De provocar o próprio universo
Dando a alguém um corpo com luz própria?

E por tanto amor aplicado
Na feitura de tamanha beleza
Ganhaste de presente
A educação de uma rainha
E o carisma de uma deusa
Onde, lhe garanto
A própria Afrodite te inveja
E Eros a cada dia morre pelos seus encantos

Mas eu
Mortal imperfeito
Numa busca apaixonada
Procuro no mais fundo do peito
Palavras
E assim pintar seus versos
Com tintas divinas
E sequer chego perto
Do que julgo ser o certo

Eu
Ao seu coração entrego agora
O que inspirado em você deusa, o fiz.
Comparo-me a Orfeu
Que em poemas, cantava e encantava Eurídice
Em sua lira tão brevemente eterna e feliz

desejo

O desejo é amar teu sorriso
Querer que brilhe por mim
O desejo é cegar em teus olhos
Dado o clarão deles nos meus
O desejo foi no segundo primeiro
E vai durar uma vida
Pela eternidade afora

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

vida safada

“Tanto tempo sem mirar teus olhos.
Culpa dos desencontros casuais
Propositados pela vida”

...


Tens meus braços abertos
Tens meu coração inteiro
Tens minha alma, por ti alada
Mas preferes abraços incertos
Batidas de um peito traiçoeiro
Voas longe em busca de nada

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

lugar comum

Mais uma vez eu estou sozinho
Perdido em lamentos inúteis
Como vento soprando desalinho
Preocupado com coisas fúteis
.
Outra vez o espelho se quebra
Ante um semblante sempre amargo
Minh’alma magoada sem amparo
Envelhece na tristeza que prega
.
Novamente olho para os lados
E tudo que vejo é um deserto
Ventando pensamentos alados
.
Sabe o horizonte vermelho no fim?
Eis o que meus olhos vislumbram
É comum, é o eu, é sempre assim

buraco

Não é alguém
Não existe um nome
Nem mesmo um momento
O que acontece em meu espírito
Meu peito
É um buraco
A necessidade de completar
Pode ser Maria
Pode ser Marília
Pode ser você
Ser o que for
Só precisa encaixar

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

eu e você


Percebo esmaecendo aos poucos
Apagando tal vela no ultimo suspiro
O vermelho mais sangue
Descorando no cinza mais fúnebre
Uma estrada chegando ao fim
Em pleno entardecer
Desgaste nas palavras
Silencio no olhar
Silencio mortal
Mãos frias
É como ver o sol se despedindo
Apagando
Escurecendo

sábado, 28 de novembro de 2009

sonhei-te

Sonhei-te entre meu lençol e eu
Entre um gemido e outro
Sonhei-te
Perdida sob minhas mãos
Em silencio me deixando louco
Sonhei-te minha
Mesmo não sendo
Entregue
Mesmo não crendo
Sonhei-te olhos brilhando
para mim
Queimando desejos
Sonhei-te a noite toda
E pela manhã me acordaste
“Alô”- tenha um ótimo dia
beijos

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

caindo

A medida de tudo que sinto
Tem se perdido na obscuridade
No amor mais intenso e limpo
E mesmo na magoa podre que invade

Viajo rumo ao fundo do poço
Buscando uma luz que não existe
Tateando cego a procura de nada
Acredite, é frio, escuro e triste

eu agora

E eu que caminho por uma estrada
Pela noite que nunca tem fim
De mãos dadas com o talvez
Tropeçando de buraco em buraco
Eu que já me acostumei assim
E vivo cada passo como ultimo
Já não vejo calor em um abraço
E as palavras são pra mim como nada
Só entendo o sussuro do silencio a minha frente
E eu que não vejo uma saída
Viajo em velocidade de nada ver
Com os olhos fixos no horizonte escuro
É minha vida
É meu ser
Meu jeito de homem maduro

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Um nó
O ar se esvai
Sem dó
O mundo cai
Um soluço
O nó dói
No peito
O ar volta
A vida
Ai

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

sempre,toda vez,as vezes

Eu queria o poder de não ver
Fazer meu desejo nada ser
Olhar em seus olhos
E perceber apenas você
Queria o poder de não me perder
A cada encontro da sua voz em meus ouvidos
A cada golpe do seu cheiro em minha pele
E eu queria não me render tão fácil
No fascínio que sua alma exerce sobre a minha
Não desejo saber com que força
Eu tocaria seus lábios com os meus
Mas a cada olhar
Cada sentido em sua presença
Eu me acho sem rumo
Perco minha crença
Só consigo vislumbrar sua silueta
Respirar seu ar
Ficar sem prumo

domingo, 18 de outubro de 2009

não

Não quero meus anos perdidos em sonhos
E recordar com amargas lembranças
A porta aberta mostrando as estrelas
Chamando-me feito crianças

Não quero as fotos desse quarto escuro
Onde meus olhos não crêem
Sabedor que La fora existe luz
Mas não se permite ir alem

Não serei eu um velho magoado
Buscando a morte como consolo
Sem historias pra contar
Pelos cantos chorando o passado

Sou agora
Esse idoso perdido em labirintos
Antecipando os anos de dor
Sofrendo pelas não tentativas
Escondido do riso, do amor

Sou o que pergunta no fundo d’alma
Existe uma saída, uma salvação?
E sou também o que responde
O fim não tarda, tenha calma

De todas as vidas que já vivi nesses parcos anos
Se comparado a eternidade são mesmo nada
Mas a dor leva essa existência ao infinito
Diga-me então, como se fazer planos?

Eu não quero mais lamentos enfadonhos
Perder os anos onde o sol pode aquecer
Ter os olhos fechados ao que se pode ver
Não quero meus anos perdidos em sonhos

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

lamento final

Adoeci
Na alma e na mente
Adoeci de uma dor terrível
Cujo remédio é mais amargo que o fel
Adoeci e não quero sarar
Que essa doença mate
Esmague
Elimine toda sorte de sorte
De tudo que me faça abrir os olhos
Ao brilho de outros
Que a dor em meu peito
Seja a derradeira
E a receita
De em pedra se transformar
O peito meu

domingo, 11 de outubro de 2009

LOUCURAS DE EU: perdido

LOUCURAS DE EU: perdido

perdido

Uma vez eu desejei não ter coração
Outra tentei não ver algumas coisas
Resolvi tocar o céu da boca da noite
Eu sempre busco tarefas impossíveis
Como esquecer você, por exemplo,
Eu preciso de uma poesia pronta
Com as palavras perfeitas
Não existe na minha mente
Frases por mim aceitas
Fim

dor

Fecham-se as portas
As janelas
Abre-se um coração
Os olhos
Chovendo a retina
O peito escancara
Na mais mórbida canção
Por uma ferida
Que não sara
E um lamento
Que não para

sábado, 10 de outubro de 2009

pois é

Na escuridão total uma vela é o sol
Mesmo que fraca, sua luz é meio dia
Torna-se o centro do mundo
Abre os olhos ao que não se via

Vida curta e logo sua chama cessa
O brilho da lugar a lenta agonia
Tombando o pavio antes mesmo do fim
Tornando breu o que antes quente ardia

Incrível o silencio que as trevas causam
A falta de cor provoca o pior dos frios
La dentro batidas que não se acalmam

Tenho a escuridão por açoite
Minha luz acabou e perdido estou
Me fechando seus olhos, vivo noite

terça-feira, 6 de outubro de 2009

eu

Busco um dia me encontrar
E ser só eu e minha companhia
Sinto me sentir assim
Preso a essa hipocrisia
Espero um dia ser um
Feito de mim mesmo
Nasci errado e não me acho
Na futilidade eu me embaraço
O egoísmo me assusta
Se doar não é garantia
Quando seu sangue é doce
Te sugam até a anemia
Já não creio em amizades
Pois amigos já não reconheço
Que sejam amigos de alguém
Alem do próprio orgulho
Já quase me vejo
Dobrando a próxima esquina

domingo, 4 de outubro de 2009

ser

Hoje eu queria ser
Um pelo em sua pele
O gosto em sua boca
Um brilho nos teus olhos
O que te deixa louca
Uma vírgula em suas palavras
Nesse momento de ébria lucidez
Eu queria tudo
Por um momento
Só dessa vez
Em uma fração de segundos
Ser tudo o que for capaz
Ser em você
O que és em mim
Sem um amanhã pra recordar
Numa brisa sem fim

domingo, 27 de setembro de 2009

Não quero terminar meu caminho
Sem encontrar teus olhos no final
Soariam as trombetas do inferno
Seria o frio pior no momento fatal

Quando minha estrada cruzar a sua
Quero teu olhar por sol me aquecer
Nas tuas mãos sentir a viva,a vida
Por ultimo cheiro,seu hálito merecer

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Eu estou sóbrio demais
A ponto de me lembrar os versos
Que minha lucidez
Banhada em vinho
Cantou e titubeou pela noite
De boca em boca
buscando a sua
Bebi tanto que perdi minha loucura
E nem percebi
Que seu norte não cruza meu caminho
Perdido em desejos na consciência insana
Desejo você, poesia
Com palavras ainda não nascidas
Linhas perfeitas por poeta algum já escritas
Em letras de luz de idéias minhas

Desejo você, musica
Feita de notas celestiais
Nunca antes reveladas ao homem
Harmonizando ao seu andar as tais
Faiscando o sol nas trevas que somem

Desejo você, flor
Jamais nascida entre os mortais
Com cores e brilhos sem igual
De pétalas feitas com cristais
Um perfume de enlouquecer qualquer normal

Desejo

Desejo porque já és
E por não poder ser eu por ti agraciado
Desejo na minha sombra beber sua luz
Quando passas sem me ver ao seu lado
Deixando sem perceber um pouco de tudo
Que de você me seduz
Seu cheiro, sua cor, sua luz

perfeição 1

Às vezes peregrino as cegas
Em busca do brilho que mais que o sol
Queima minh’alma e das trevas me leva
Em êxtase e metamórfico arrebol

Sou então presa fácil de uma luz
Que dos seus olhos faíscam nos meus
Competindo com seus lábios, ai meu deus
Sem piscar e sem falar, me mata, me seduz

Estrela que me leva a saturno
Um sonho que do infinito desejo
Onde meu verso já não mais taciturno

És um todo de perfeição concreta
Opaco e sem cor já não sinto frio
Seus raios fazem minha aurora um rio

quarta-feira, 3 de junho de 2009

EU AGORA

Sei de mim e do abismo que crio
Um fantasma pra você observar
Chego e parto no curso do mesmo rio
Só desvio meu olhar pra te olhar

Divirto-me apenas em imaginar
Todos os pensamentos que possas ter
Ao ver esse ser em silencio arrogar
A si próprio existir e não crer

Vejo esse mundo tão longe e pequeno
Com pessoas falsamente grandes
Em seus olhares fúteis e perdidos

Meu sentimento hoje é mais ameno
Deixei os medos que me eram antes
Já não sigo cabisbaixo e aturdido

ateu

Se por ventura
Em céu ou inferno eu cresse
Se minha fé não fosse sã
E cega inda taciturna
Sorrindo toda filosofia vã
Em ver o que não é.

Se tive os olhos
Abertos pela força
Que no obvio resiste
Já não é meu viver incerto
Que mesmo fatal acaso
É também livre e triste

Se por ventura
Em céu ou inferno eu cresse
Não sei ao certo do meu riso
Amarelo pela ilusão sabida
Ou sol pela cegueira imposta
Fronte erguida sigo eis a vida.

???

Custa-me acreditar
Vejo seu espírito
Escondo meus olhos
Pra não me cegar em seu corpo
Sinuoso caminhar
Dia após dia
Seu rosto
Sua cor
Se por ventura
O sol negar o dia
Nem diferença eu sinto
Porem se tu faltares
É escuro labirinto
Mas...
Basta-me sua visão
Aos poucos lhe descobrir
Hoje seu nome
Amanhã seu coração
Sonho o impossível sobre você
Sabedor do quão distante
Eu sei
Basta-me assim esse presente
O prazer de apreciar
Em silencio
Seu semblante
Seu olhar

L'amour

Flagrei meu sorriso em outros olhos
Que a primeira vista foi brilho
Refletindo de graça nos lábios seus
Foi como vestir de luz eu maltrapilho

Meu espírito buscando pouso
Encontrou em ti abrigo pro inverno
Na sua voz a força do sol eu ouço
Seu amor perfeito é terno e eterno

Tens para mim a importância do ar
Tão imprescindível quanto à luz
Eis as palavras a lhe eternizar

Versos são poucos em tanto sentimento
Rimas são marcas eternas no peito
Atrasados, não tarde, é meu lamento.

NOITE

Toda tristeza finda em alegria
Que raro vive uma vida plena.
Feito sol, morto na madrugada fria.
Em silencio na sepultura escura

Toda alegria finda em tristeza
Amargando uma existência amena
Como o fogo que mata toda beleza
Sem alarde, nada resiste nada dura.

Toda a vida é uma contradição
Tristes pela alegria desenganada
Felizes pela tristeza abreviada

Vivemos em transição constante
Aurora, crepúsculo, nuvem, estrelas.
Somos noite e dia num só instante

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Coragem

Seria-me um prazer infinito
Se a atenção de seus lábios luzidos
Fosse por uma fração de sorriso
Em meus olhos, lá dentro dirigido
.
Ofusca-me a serenidade, seu jeito
Aporta de carona no silencio
E cria uma tormenta em meu peito
É um não ter chão na perda do senso
.
Com a luz que do seu corpo nasce
Ilumina-me o dia desde no inicio
Aurora da sua pele em minha face
.
Sinuoso seu caminho caminhar
Sinto leve, seu semblante, seu olhar
Tímido, meu premio é vislumbrar-te

domingo, 19 de abril de 2009

DESTRUIÇÃO

Na tormenta se criam as ondas
Maiores e mais belas filhas da noite
Numa dança de terror encanta e atrai
Bonito, aterrador e por assim vai

Ao longe na praia é claro ver
A sede de se afogar ao destruir
O ódio que morre logo ao nascer
O terror de não poder nada arrasar
(Além de si)

Quem dera fosse uma tempestade
Quem dera fosse mesmo em alto mar
Oxalá não estivesse tão vivo em meu peito
Esse tombar de ventos a murmurar

eu

Todo momento de confissão é mágico
Viajar no fundo dos olhos e dizer
Palavras num pudor emblemático
Olhar e falar que sem você não pode ser

E assim em suas pupilas dilatado
Anos luz distante, porém lado a lado
Sinto-me a vontade em declarar
Que somos só eu e você até acabar

Não existem alegrias nesse ato
As lagrimas são água perdida
Chorar é inútil e sofrer é um fato

Soluço incontido, olhos vermelhos
A você posso abrir meu peito
Desgraçado e maldito espelho

EXPLICAÇÃO

Por onde anda um pensamento
Antes de acometer nosso agora?
De onde vem o porquê do momento
Se depois ele segue mundo afora?

Talvez por ser único em seu peso
Precise viajar em outras mentes
Saciando assim todo ensejo
Atingido ateus, católicos e crentes

E que idéia é essa minha agora?
Seriam versos repetidos depois?
No vento que trouxe e foi embora

Como explicar então os gênios?
Idéias únicas e brilhantes
Não, não existem ventos semelhantes

SABER

É um terrível não saber
Aceitar ou entender
Em te ver me inspirei
Palavras vem à mente
A dor de onde não sei
É fato me sentir agora diferente
Uma luz no fim do seu túnel
Brilhando pra nós dois
Sei do adeus antes do inicio
E conheço agora
O remorso sem ter pecado
Ficou talvez um resquício
Antes que fosses embora
E fui em busca do seu sorriso
Encontrei seu choro
Me aperta o peito agora
E faço chuva em você desses versos
Pra ver se disperso
Exorcizo o efeito
Do demônio que eu criei em você
Mas que me atormenta o peito

DIA NEGRO

Não é a dificuldade da tarefa
Que me assusta ou amedronta
Mas a eminência do fracasso.

Não é minha alma que agora blefa
Mas uma agonia que me afronta
O terror e o medo a cada passo

Diante do caos a impotência
Quarto escuro sem porta, sem ar
Quarto assombrado e lacrado

Não é a realidade da descrença
O nó na garganta ao falar
Mas a insanidade aqui ao lado

É o arrependimento anunciado
A amargura no coração apodrecido
O desejo de não ter amanhecido

terça-feira, 3 de março de 2009

OLHOS CEGOS

Tens medo da verdade
De se encontrar só
Acordar com frio
Sentir-se pena,dó

Tens medo do abandono
Mesmo há tempos abandonada
Numa guerra perdida
Pensa ainda ter tudo
Mesmo já não tendo nada

Tens a certeza da duvida
Assim caminhas rumo à decepção
E o sorriso não mais
Iludida pela própria mão

Tens a luz e a beleza
Mas farta-se de migalhas
Submissa por vontade
No desprezo se cala

Quem foge rumo ao inimigo?
Quem se esconde sob chuva?
E quem mesmo em silencio grita?

CANSADO

Cansei de buscar o sol
Por traz das montanhas
Percebi que é ilusão
Inatingível desde o chão

Desisti da lua cheia
Por entre as nuvens no céu
Vi que distancia não tem cura
Sonho e vida jogados ao léu

Entendi que o amor
É sol,é lua
Meu coração é grande
Mas não sabe andar nessa rua

Deixo por hora,mas só por agora
A certeza da decepção
Com o espelho acusador
Sem sol nem lua
Vou embora

AMOR?

--um dia algum ser divino ou além mundo vai nos contar de quem foi a brincadeira de mau gosto----
Eu espero ansioso saber o motivo de algo tão bom causar tanta dor.
De todos os amores que já tive só restou mesmo saudades do primeiro olhar, da conquista e da primeira noite, e o alivio do adeus pouco tempo depois.
Como pode algo tão celebrado e cantando em verso e prosa deixar no coração tantas cicatrizes?
Eu só quero entender o que tem de tão bom nisso tudo, todos tem suas historias de dor, tristezas, choros e decepções aliados a tantas lagrimas.
Algo que dura tão pouco e deixa uma vida de escuridão não deveria ser tão desejado.
Mas isso também pode ser mais uma doença pré programada no ser humano como um câncer ou algo ainda pior, e talvez um dia alguém possa descobrir a cura.
Assim como pode também ser uma castigo por tanto mal que a humanidade faz, daí algo aparentemente perfeito ser o mais podre de todos os sentimentos.
Pense bem, todos dizem amar ao próximo ou, além disso, amar alguém como se fosse sua cara metade formada ainda em outro plano especialmente pra cada um como se fosse um conto de fadas e todos dizem não ter magoas no coração.
Mas o mundo vive em guerra, corações são magoados o tempo todo, sentimentos são pisados e humilhados também, por mim e por você.
Isso tudo é feito por pessoas com sentimento e empatia, gente que ama gente que é apaixonada.
Então não me venham falar que o amor é lindo, porque o amor é cruel.
Ate que eu me prove o contrario.
Ou me apaixone outra vez

AMANHÃ

Amanha todo inferno será sim
Queimado no calor de uma alma
Com toda concordância minha enfim
Tatuando-se eterno e sem trauma

Amanha o paraíso não mais
Nem verde ou mesmo vida que valha
Mesmo porque a partir de hoje jaz
Só o negror do qual o mundo se calha

Amanhã não vai haver atraso
O relógio sem coração é pontual
As horas não perdoam o acaso

Amanhã e depois de amanhã
Sem quente ou mesmo frio-vai saber!
Melhor assim-mais fácil esse viver

SEM GRAÇA

Houve um dia
Era feito noite
O sol meio que fugia
Vento frio-açoite
Quase que doía
As pétalas chovendo
Beleza sem par
Céu azul descendo.
Passam gentes
Passam bichos
Vem noite ,vai dia
Um inferno
Pois de tudo,algo eu não via
Pois a luz não veio
De graça a desgraça
E tudo virou morte
Porque você não passa.

PRESENÇA

A quem foi flor
Foi
Na aurora da minha liberdade
Foi amor
dor
Olhos abertos
Alegrias e tristezas
Hoje saudades
Volta sem alarde
Tempo sagrado
Meu templo alado
Cativo seu lugar
Nesse meu coração
Condescendente
Por prazer
Por amor
Meu peito jardim
Por seres flor

DEPRESSÃO

Eu me recluso
Preso e não quero liberdade
Ser solto nesse mundo sem cor
De correntes invisíveis
Prefiro meu refugio
Aqui não é tão confuso
E eu não quero mais
O desejo desfaleceu
Prefiro agora ser recluso
Afastado e apagado
Meus ombros fechados
Perdi o que se espera
Na masmorra da ilusão
Encontrei o desanimo
Me recolho ao que mereço
Ao que a vida me destinou
Solidão

PIOR

Eu só queria gritar
Se não isso
Ao menos bem alto cantar
Minhas dores espantar
Vomitar essa coisa
Que arde
Que sufoca
Que vem do nada
O que eu queria mesmo
É matar a espada
Essa tristeza eterna
Que me tortura e massacra
E não permite lagrimas
Eu só queria paz
Por um segundo e nada mais
Minha voz agora é muda
Minha musica não tem harmonia
E nada que me acuda
Quero beber
Quero morrer
A vida por uma só alegria

POR AMOR

Aquele rosto que não me esquece
Reluzindo amor a cada movimento
Estrelas e luas brilham aqui dentro
Contrariando sentimentos, ele cresce
+
Um corpo destilando desenhos
Cores de um arco Iris eterno
Olhos queimando feito o inferno
Brilhando mais que o sol de dezembro
+
Mas agora o choro nem é ruim
Lagrimas pelo prazer de perceber
Que por um momento era pra mim
+
Essas palavras simples sem cor
Eternizam o que foi imortalizado
Por mim e por você, por amor

NÃO SEI

Se sou menino besta de rir
Ou se o palhaço no picadeiro
Não me vejo criança
Nem me encontro adulto por inteiro
Não resisto a um banco de praça
Que sempre me chama pra dança
Mas não suporto às vezes
A imaturidade sem graça
Não sei
Se a culpa é do destino
Ou se mesmo sem querer
nunca abandonei em mim
O menino

FALHA

Como preencher essa lacuna?
Descobri em meus versos, um buraco.
Que não se completa de forma alguma
Desenhos em volta de um hiato

Entendo agora a diferença
Entre os gênios e os que tentam
De Camões a Drumonnd eu sinto a presença
E minhas letras apenas se lamentam

Mas porque cargas d’água esse desejo?
Se apenas o sonhar já é vão
Pois em tudo que escrevo, me vejo.

Se fosse apenas mais um diário
Não estarias lendo meus lamentos
Feito folha caída, deixe que vá ao vento.

LAMENTOS BURROS

Porque tão difícil um ombro
Qual a sorte nesse azar?
Sufocar as palavras
Por não ter a quem falar
Quanta maldição
Olhos e dentes cerrados
Desejo de gritar ate o inferno
Mas o amargo me mantém calado
Eu devia ter me acostumado
Nunca tive com quem chorar
Minhas lagrimas atrofiam
Por não ter a quem se mostrar
Minh’alma busca o fim disso
O desejo às vezes é fugir
Pra onde?
E fico
Espero pelo dia que nunca vai chegar
Em cada olhar penso que é
Em cada sorriso iludo meu peito
Meu pior defeito é acreditar

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

NOITE RUIM

Às vezes ela sai passear
Vai longe, muito longe
Penso que não vai voltar
Na esperança iludida
Sinto a fé retornar
As cores nascem aos montes
As flores pintam as fontes
E as nuvens sorriem
E vejo em outros olhos
A luz que só o coração traduz
O calor que minha vida seduz
Às vezes ela se lembra
De tão distante se sente só
E volta saudosa e a fim
Se achega me abraçando sem dó
Ela sabe que não vive sem mim
Sei que é parte do que sou eu
E ficamos aqui agora
A tristeza como amante
E eu nesse quarto mundo afora.

domingo, 18 de janeiro de 2009

MARILIA

MARÍLIA

minha homenagem a musa das musas
minha simples,porém verdadeira declaração de amor a maior de todas estrelas que um romance real ja escreveu nas linhas da vida.
MARILIA.

+++++++++++++++++++++++++++++++++

Se admiro ou odeio
Não sei
Dirceo que tantas dores causou
Tanto amor lhe sobreveio
E tanta tortura Sofreu e se acabou
+
Escravo na contra mão
Por culpa de uma única pena
Desenhando louca e sem aviso
Sei de palavras que do céu vieram
Por mãos de um cupido sem juízo
À sua musa infantil e bela
Que eterna em sua janela
Esperou e viveu a traição
Maior que a própria inconfidência
Da vida que lhe roubou
Tão cedo à inocência
+
Sei que amo incondicional
Marília por quem me afeiçoei
Beleza que não se conheceu
Ilusão por quem viveu
Sei da saudade que sinto
Dela que nunca pude ver
+
E me dói em imaginar
A sorte que não tive
De mesmo ao longe
Vê-la em viajar nas nuvens
Na fazendo de sua reclusão
Olhando o além de sua janela
Com seu semblante lindamente desenhado
Pelo desgraçado poeta.
Declarando ser ela a mais bela.
+
Quem dera ó Marília!
Por um segundo vislumbrar
Sua face em silenciosa timidez
Sentir-me Tomaz
Na primeira vez que a viu
Sentir no peito a flecha
E o amor que ali surgiu
+
Quem dera em outra época ter nascido
Quem me dera Marília
Por um segundo apenas
Ter lhe conhecido.

Calma

CALMA
A luz do mundo ia já deitando
Por traz da montanha ao longe vista
Pensamentos versos declamando
Sem seus olhos nem nada que assista
+
Inexistiam sentimentos de dor
O sorriso se fazia crescente
Olhos vividos de liberdade em flor
Distante da loucura dessa gente
+
O caminho no horizonte de cores
Muitas e diferentes entre si
Arco Iris sem chuva, salmão e flores
+
Retornei com a alma saciada
De leveza que troquei pelo peso
De uma vida torta e errada