Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Carlos Drummond de Andrade
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
buraco
Não é alguém Não existe um nome Nem mesmo um momento O que acontece em meu espírito Meu peito É um buraco A necessidade de completar Pode ser Maria Pode ser Marília Pode ser você Ser o que for Só precisa encaixar
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