Powered By Blogger

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A BUSCA

Há os que tentam uma outra via
Há buscar o dia no riso perdido
Em algum lugar de alguma romaria
Onde trotam passos exauridos

Há os que erguem os olhos diferente
A olhar por sobre outras terras
O sol de outros campos é mais quente
Calor que alimenta tantas quimeras

Há os que desafiam tempestades
Na firmeza da Constancia errante
Enfrentando homens e potestades
Caçador de algum monstro gigante

Há os que o amor fez divertida troça
A troco de sorrisos cor de noite
Pelo prazer que de amargo adoça
Ceifando em seguida feito foice

Há os que sofrem da vida as perdas
Pois todo amor tem começo e fim
Legando a dor n’alguma vereda
Que desemboca num pranto carmim

Há os que morrem na vez primeira
Há os que caem a todo tropeço
Há os que na vez derradeira
E renascem num sorriso, é o recomeço

sábado, 26 de novembro de 2011

A TEMPO


O tempo
Chega em fim
A tempo de amargar
As verdades
Antes doces aos olhos
Em tempo
E assim
Ter tempo
De fugir de mim

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

CURITIBA

Curitiba que tanto me falta
Saudoso que sou
Meu lugar
Minha ribalta
Curitiba fria
Gelada
Distante das tuas ruas
Quero o abraço
No inverno da sua ventania
Curitiba eterna
Onde risco meu traço

sábado, 19 de novembro de 2011

QUANDO


Quando
Em meu quê de quase nada
Vem não sei de onde
Sei La por que
Um algo sem nome
Cor ou data
Cobrando chuva nos olhos
Vem e como tal se vai
Feito fome
Real e abstrata
Quando?
Em meu quê de quase nada

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

SEMENTES DO MAL.

Não hás de passear pelo meu jardim
Não hás de semear meu canteiro
Sementes de um olhar morto em mim
Que brotam venenosos desesperos

Não hás de molhar minha terra, não mais
Não hás de descansar os pés no prazer
Dos beijos em tudo que de você jaz
De tantos feitos e tantos por fazer

Não hás de ser germinar das cinzas mortas
Quando se fizeste flor no meu jardim
Apodrecendo meu olhar à morte

Não hás de consertar uma vida torta
Com o falso brilho do sol sobre mim
Disfarçando desse mal a sorte

sábado, 12 de novembro de 2011

TIÃO


E vai pelo caminho
Torto
Tião
Torto
Pelo caminho
Juntando os pedaços
Caquinhos
Curtos passos
E vai estrada afora
É o Tião 
Parque da maldade
Com olhos baixos
E semblante perdido
Era uma vez um coração
Coitado do Tião