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domingo, 19 de abril de 2009

DIA NEGRO

Não é a dificuldade da tarefa
Que me assusta ou amedronta
Mas a eminência do fracasso.

Não é minha alma que agora blefa
Mas uma agonia que me afronta
O terror e o medo a cada passo

Diante do caos a impotência
Quarto escuro sem porta, sem ar
Quarto assombrado e lacrado

Não é a realidade da descrença
O nó na garganta ao falar
Mas a insanidade aqui ao lado

É o arrependimento anunciado
A amargura no coração apodrecido
O desejo de não ter amanhecido

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