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sábado, 29 de dezembro de 2012

TEMPESTADE


Desci do céu em um dia nublado
Entre dores e sentimentos imersos
Minha visão pode sentir o estrago
Quando um a um rasguei seus versos

Num dia cinza feito asa de pardal
Senti-me o soldado e a ferida
Esperando o fim da guerra do mal
Esperando algum sinal de vida

Quando tarde vi as marcas profundas
Que teus pés deixaram no espelho
Refletindo sangue e não vermelho

Minhas letras então murcharam sem luz
Pois que eram negros teus silêncios
Deixando eternos apenas lamentos

O QUE EU QUERIA



Queria em silencio que soubesse
Que a saudade é implacável
Que cada segundo morro numa prece
Que sem você não sou mau nem amável

Que compartilho com deus e o diabo
A dor infindável da sua falta
Que respiro e vivo triste fado
Cantado por um peito que se exalta

Que minhas noites são apenas espera
Que meus dias terminam sem começar
Que teus olhos me devoram feito fera

Preciso que entendas um a um
Os urgentes motivos dessas letras
Que sem você meus pés são lugar algum

VIDA VAZIA


Ia me passando a zero a vida
Inda que tanto já fora vivido
Ah!Seria não a houvesse conhecido
A bebi de ti ser feliz querida

Minh’alma tímida por alegrias
Viveu em um ano a eternidade
Em seus lábios todas as idades
Mesmo sabedor que o fim não tardaria

Não têm fim os versos que ainda brotam
Dessa terra fértil onde pisaste
Nesse peito que queira ou não, herdaste

Passa agora lentamente a vida
E poderia deixá-la nesse instante
Pois não há nesse mundo o que me encante