Se por ventura
Em céu ou inferno eu cresse
Se minha fé não fosse sã
E cega inda taciturna
Sorrindo toda filosofia vã
Em ver o que não é.
Se tive os olhos
Abertos pela força
Que no obvio resiste
Já não é meu viver incerto
Que mesmo fatal acaso
É também livre e triste
Se por ventura
Em céu ou inferno eu cresse
Não sei ao certo do meu riso
Amarelo pela ilusão sabida
Ou sol pela cegueira imposta
Fronte erguida sigo eis a vida.
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