Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Carlos Drummond de Andrade
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
desejo
O desejo é amar teu sorriso Querer que brilhe por mim O desejo é cegar em teus olhos Dado o clarão deles nos meus O desejo foi no segundo primeiro E vai durar uma vida Pela eternidade afora
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