Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Carlos Drummond de Andrade
domingo, 11 de outubro de 2009
dor
Fecham-se as portas As janelas Abre-se um coração Os olhos Chovendo a retina O peito escancara Na mais mórbida canção Por uma ferida Que não sara E um lamento Que não para
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