Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Carlos Drummond de Andrade
sábado, 2 de julho de 2011
apenas
Preciso apenas
Dentro de mim
Fora desse deserto
E as centenas
Os mundos abertos
Na possível idiotice
De não sair
Pelo prazer da afronta
De apenas
Fazer-me rir
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