Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Carlos Drummond de Andrade
sábado, 30 de julho de 2011
ELA
Nenhum sentimento passa despercebido
Enquanto o coração dispara
Indiferente a tudo ao redor
Diferente de tudo que já viveu, coisa rara
Eis-me aqui ainda entorpecido
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