Vivo o sonho de um milagre
Onde meu coração seja percebido
Antes do nada
E minha alma possa explodir
Antes que minha cara seja julgada
Vivo o terror da futilidade
Desprezo os olhares que dormem
Eu já não tenho mais idade
Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser escritos. Estão paralisados, mas não há desespero, há calma e frescura na superfície intata. Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário. Convive com teus poemas, antes de escrevê-los. Carlos Drummond de Andrade
domingo, 31 de julho de 2011
sábado, 30 de julho de 2011
ELA
Nenhum sentimento passa despercebido
Enquanto o coração dispara
Indiferente a tudo ao redor
Diferente de tudo que já viveu, coisa rara
Eis-me aqui ainda entorpecido
Enquanto o coração dispara
Indiferente a tudo ao redor
Diferente de tudo que já viveu, coisa rara
Eis-me aqui ainda entorpecido
ESTRANHO
Estranho que tenhas batido tanto
Quase pondo abaixo o mundo
Entrando tal vendaval quando assovia
Tomando cada tom de respiração
Estranho que fosse quase um santo
Esperando brisa cada segundo
Surpreendido na ventania
Sem buscar refugio ou salvação
Estranho que tenha se apaixonado
Ao ver-se indo pelos ares em bares
Embriagando-se no sopro vão
Estranho que tenhas tudo deixado
Depois de me brincar feito malabares
Deixando o rastro de cacos pelo chão
Quase pondo abaixo o mundo
Entrando tal vendaval quando assovia
Tomando cada tom de respiração
Estranho que fosse quase um santo
Esperando brisa cada segundo
Surpreendido na ventania
Sem buscar refugio ou salvação
Estranho que tenha se apaixonado
Ao ver-se indo pelos ares em bares
Embriagando-se no sopro vão
Estranho que tenhas tudo deixado
Depois de me brincar feito malabares
Deixando o rastro de cacos pelo chão
sábado, 16 de julho de 2011
FADA
Paira num quase
La do alem
Resmunga uma frase
Mira o aquém
Quase me olha
Asas de uma fada maldita
Borboleta que me ignora
Palavras mal ditas
E vai mundo afora
La do alem
Resmunga uma frase
Mira o aquém
Quase me olha
Asas de uma fada maldita
Borboleta que me ignora
Palavras mal ditas
E vai mundo afora
sexta-feira, 15 de julho de 2011
TRAGEDIA
Sofre alma infeliz desafortunada
Em tanto andar e a nada chegar
Sangre os pés calejados de estrada
Poupe meu tempo desse maldito falar
Ah, pobre e desmerecida pena
Vagante voante num mar podre
O que procuras e para quem acenas?
Nada terás além do tombo ode
Veja quantas feridas cicatrizadas
São teus troféus numa disputa vã
Feitos de lixo de latas amassadas
Por onde andam os pés que te pisam?
Ai ai, pequenina coisinha de nada
A dor te consome feito draga
Em tanto andar e a nada chegar
Sangre os pés calejados de estrada
Poupe meu tempo desse maldito falar
Ah, pobre e desmerecida pena
Vagante voante num mar podre
O que procuras e para quem acenas?
Nada terás além do tombo ode
Veja quantas feridas cicatrizadas
São teus troféus numa disputa vã
Feitos de lixo de latas amassadas
Por onde andam os pés que te pisam?
Ai ai, pequenina coisinha de nada
A dor te consome feito draga
AI
Exploda
Alma
Peito
Coração
Jorre sangue
Feito mangueira furada
Agonizante
Cambaleante
Pela estrada
Exploda mundos
Em fuga
Minh’alma
Porta dos fundos
Alma
Peito
Coração
Jorre sangue
Feito mangueira furada
Agonizante
Cambaleante
Pela estrada
Exploda mundos
Em fuga
Minh’alma
Porta dos fundos
quarta-feira, 6 de julho de 2011
VERSOS DESESPERADOS
Meus versos hoje são feridas abertas
Sangrando o adeus, esmagando meu eu
Poucas coisas nessa vida foram tão certas
Quanto esse punhal n’alma me sofreu
Meu corpo esmagado pelas lembranças
Meu espírito fraco com náuseas sem fim
O inferno me laçou em suas tranças
Teu sorriso indo e vindo dentro de mim
Quanta escuridão nesse caminho
Bêbado e cego buscando prumo
Feito cachorro perdido buscando rumo
No fechar de porta, sentimento disperso
Meus versos hoje são desespero
Explodo o universo nesse enterro
Sangrando o adeus, esmagando meu eu
Poucas coisas nessa vida foram tão certas
Quanto esse punhal n’alma me sofreu
Meu corpo esmagado pelas lembranças
Meu espírito fraco com náuseas sem fim
O inferno me laçou em suas tranças
Teu sorriso indo e vindo dentro de mim
Quanta escuridão nesse caminho
Bêbado e cego buscando prumo
Feito cachorro perdido buscando rumo
No fechar de porta, sentimento disperso
Meus versos hoje são desespero
Explodo o universo nesse enterro
domingo, 3 de julho de 2011
DEIXO-TE
Deixo-te
Deixo-te minhas lembranças
Meus últimos versos
Minha ilusão
Deixo a você tudo
O todo do que fomos
Deixo-te minha pele
Ainda arrepiada em imaginar
Em apenas lembrar-se da sua
Deixo-te meus lábios
Quando perdidos se encontravam
Pelo seu corpo
Dos pés a boca
Das coxas a nuca
Violentamente nos seus lábios
Deixo a você minha flor
As tardes
As noites
As promessas
Os eu te amo
Deixo por herança
Da ilusão
Da armadilha
Deixo as memórias dos beijos
Dos abraços apertados
Das saudades
Do sofrimento
Da crueldade
Deixo por amor
Por ódio
Por tudo
Por nada
Deixo
Porque é preciso
Deixo-te seu sorriso
Meu demônio
Deixo-te seu gosto
Deixo-te o fim
De tudo que fui
Do que nada serei
Deixo-te minha decepção ultima
A paz que vives
Deixo enfim o ponto final
Da esperança
Do sonho
Deixo-te de verdade
De tudo, o que tão pouco teve de mim
Sem imaginar que tanto mais
Tanto melhor
Nem conheceu
Deixo-te no mesmo lugar
Na mesma esquina
No mesmo sorriso
No mesmo oi
Como se nunca tivesse
Deixo-te em seu caminho
Tedioso e sem cor
Levo meu arco Iris preto e branco
Por tão pouco
Colorido pelo seu sorriso.
Deixo-te
Sempre
Eternamente
Deixo-te
Minha lagrimas
Meus sorrisos
A primeira
A ultima vez
Deixo-te
Teus segredos
Deixo-te
O adeus
Deixo-te minhas lembranças
Meus últimos versos
Minha ilusão
Deixo a você tudo
O todo do que fomos
Deixo-te minha pele
Ainda arrepiada em imaginar
Em apenas lembrar-se da sua
Deixo-te meus lábios
Quando perdidos se encontravam
Pelo seu corpo
Dos pés a boca
Das coxas a nuca
Violentamente nos seus lábios
Deixo a você minha flor
As tardes
As noites
As promessas
Os eu te amo
Deixo por herança
Da ilusão
Da armadilha
Deixo as memórias dos beijos
Dos abraços apertados
Das saudades
Do sofrimento
Da crueldade
Deixo por amor
Por ódio
Por tudo
Por nada
Deixo
Porque é preciso
Deixo-te seu sorriso
Meu demônio
Deixo-te seu gosto
Deixo-te o fim
De tudo que fui
Do que nada serei
Deixo-te minha decepção ultima
A paz que vives
Deixo enfim o ponto final
Da esperança
Do sonho
Deixo-te de verdade
De tudo, o que tão pouco teve de mim
Sem imaginar que tanto mais
Tanto melhor
Nem conheceu
Deixo-te no mesmo lugar
Na mesma esquina
No mesmo sorriso
No mesmo oi
Como se nunca tivesse
Deixo-te em seu caminho
Tedioso e sem cor
Levo meu arco Iris preto e branco
Por tão pouco
Colorido pelo seu sorriso.
Deixo-te
Sempre
Eternamente
Deixo-te
Minha lagrimas
Meus sorrisos
A primeira
A ultima vez
Deixo-te
Teus segredos
Deixo-te
O adeus
sábado, 2 de julho de 2011
apenas
Preciso apenas
Dentro de mim
Fora desse deserto
E as centenas
Os mundos abertos
Na possível idiotice
De não sair
Pelo prazer da afronta
De apenas
Fazer-me rir
Dentro de mim
Fora desse deserto
E as centenas
Os mundos abertos
Na possível idiotice
De não sair
Pelo prazer da afronta
De apenas
Fazer-me rir
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