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domingo, 10 de janeiro de 2010

Solidão

Meu parque se chama solidão
Sou uma metade inteira de nada
O silencio me leva pela mão
É meu par constante nessa estrada
.
Mesmo no espelho eu vejo o vazio
O sol não descobre minha sombra
Sigo indigente num mundo tardio
Sempre atrasado e na corda bamba
.
Perco minha alma a cada segundo
Não existe volta nem atalho
É grande o deserto desse mundo
.
Ser só parece ser uma sina
Um vazio terrível na multidão
E a esperança em cada esquina

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