Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Carlos Drummond de Andrade
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
NORMAL
Às vezes parece querer explodir
Em dias comuns de coisas sem valor
Quase sempre passo a vida sem sentir
Mas hoje acordei triste sem cor
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