Há, eu é que não quero mais lembrar
Quantas vezes decidi esquecer
E mesmo depois de ver tudo se quebrar
No momento de ver tudo perecer
Comprei as passagens rumo ao nada
Viajei de primeira classe ao amanhecer
Contei cada arvore da janela, pela estrada
E foi assim até o dia perecer
Desci em estações tão sujas e abandonadas
E percebi que minhas lagrimas
Juntaram-se ao esgoto de cada parada
E era assim que eu te exorcizava
E foi assim que cheguei a salvo da queda
Com cicatrizes tão profundas quanto o inferno
Os pés hoje enraizados feito pedra
O sorriso sim, esse voltou eterno
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