Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Carlos Drummond de Andrade
quarta-feira, 20 de abril de 2011
DEIXA
Eu que a procuro
Você que se esconde
É uma vida
É escuro
Em tantos rostos enganado
Vi teus olhos vivos
Em olhos de falsos brilhos
Melhor deixar de lado
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