Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Carlos Drummond de Andrade
sexta-feira, 22 de abril de 2011
ADEUS
Adeus
E de cima abaixo
Meu peito rasgou toda dor
O mundo anoiteceu
De dentro para fora
Vomitando amor
E...
Algo sentido e chorado
Minou minha mente
Minh’alma assustada
Apagou os sinais e voou
Soluçando você, inconseqüente
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