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quinta-feira, 28 de abril de 2011

GENTE BESTA

Gente, cachorro, barraca
Chuva, príncipe, princesa
Cabeça fraca, coisa chata
Pão e circo da realeza
...
Eta gente besta, meu deus

sexta-feira, 22 de abril de 2011

ADEUS

Adeus
E de cima abaixo
Meu peito rasgou toda dor
O mundo anoiteceu
De dentro para fora
Vomitando amor
E...
Algo sentido e chorado
Minou minha mente
Minh’alma assustada
Apagou os sinais e voou
Soluçando você, inconseqüente

sina

No fundo de um verde mortal
Descubro minha fênix
Agonizante renascendo
Bebendo do mesmo veneno
Que outrora fizeste por tanto mal.
Quando o sangue cora a face
Buscando forças no sorrir
Tentando que não seja esse
O mesmo coração que o desgrace
De verde em cinza torno
Só quero minha sina seguir

quarta-feira, 20 de abril de 2011

DEIXA

Eu que a procuro
Você que se esconde
É uma vida
É escuro
Em tantos rostos enganado
Vi teus olhos vivos
Em olhos de falsos brilhos
Melhor deixar de lado

BELEZA

Não me veio com a vida à beleza
Sorte em branco aos olhos do mundo
No espelho verdadeira certeza
No jardim futilidades sou vagabundo

Nas fotos redescubro a cada hora
O que me cobra a sabedoria
Dessa existência vã e vazia
Nos olhares de quem me ignora

Sobra-me alegria na verdade
Em privar-me de almas tão pobres
Sentimentos miseravelmente podres

Não desejo por fora o eu por dentro
As faltas superadas na liberdade
Do feliz prazer nesse lamento

terça-feira, 19 de abril de 2011

PERDIDO

Andei perdendo minha mente por ai
Meus pensamentos andam quarto vazio
Às vezes nem sei quantas vidas eu vivi
É como ser a correnteza de algum rio

Me perdi em algum lugar –não sei
Quando distraído dormia-morria
Pensando ser do meu mundo o rei
Num tempo em que eu morria-dormia

No eu agora me vejo sem cor
Talvez pelas nuvens que se aproximam
Chovendo lembranças –medo e dor

Deixei de ser minhas intenções
Quando minha voz se viu calada
Sem poder entoar minhas canções

domingo, 3 de abril de 2011

SIENCIO

Preciso do silencio
Silencio que acalma a dor lancinante
Que espera o tempo passar
Tempo que cura todas as feridas
Que se abrem a cada segundo
Segundos que se mostram séculos
Arrastando meu espírito
Espírito que morre a cada segundo
No silencio

SEJA

Que sejam estes os últimos versos então
Antes que minhas asas me levem daqui
Que seja ao sul meu ponto de parada
Meu norte foi perdido na sua direção
Que sejam estas linhas todo o resto
Descendo o inverno em tudo o que vivemos
Matando a primavera naquela face encantada
Que sejam as lembranças o premio ao menos
Mesmo sendo a maldição dos meus demônios
Que tremem com aquele olhar eterno
Pagando os pecados por ter amado
Que sejam esses versos esquecidos como os sonhos
No mais profundo do meu inferno
Onde cada beijo ainda brilha como o sol
Fazendo sombra no meu sofrimento
Manchando seu nome no meu caderno
Que sejam verdades ainda que cegas
Cada mentira em cada palavra precipitada
Em cada eu te amo vazio
Gritado no desespero de um lamento
Que seja minha estrada sem fim
Sem atalhos
Sem acostamento

VAZIO

Não me acostumo ao gosto
De não mais beijar sua boca
Tocar seu corpo, seu rosto
Provocar a te deixar louca
Naufraguei sozinho
No alto mar do seu inverno
Perdi minhas asas
No mais alto do seu vôo
Eis meu inferno
Meus pés hoje caminham para traz
Na estrada do futuro perdido
Indo buscar em um passado doído
A falta que o vazio hoje me faz

MALDIÇÃO

Tenho por vezes os olhos de Florbela
Vislumbro toda dor insuportável
Olho as montanhas onde estas... Bela
E sofro por seres agora intocável

Todos os beijos não realizados
Superam os milhões que foram dados
Nessa hora minha alma sofrida
A morte sem medo pede guarida

Poetas suicidas e seus motivos
Justificados pela maldição
Abreviando seus dias perdidos

Os mais puros versos não aceitos
Por ti musa merecedora de todos
O desprezo como um tiro no peito

sexta-feira, 1 de abril de 2011

SILENCIO

O silencio no teu olhar... calado
Só prova minha eterna flor... o mal
Que nos fizemos lado a lado
Transformando tanto bem em lodaçal

O meu calar é tão igual ao seu... gelo
Que sou capaz de ouvir a agonia
Arrepiando um lamento em cada pelo
Transformando água em veneno-meu dia

Desconheço adjetivos capazes
Palavras mágicas numa caixa
Que façam desatar tanta maldição

Findemos o mal que lhe faço-me fazes
Sepultando o amarrado em faixas
Encerrando no mais fundo-coração