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sábado, 8 de novembro de 2014

SEU DEFEITO

Eu que conheço tantas estradas
Placas e desvios
Olhares e desprezos
Eu que já olhei mil vezes cada lado
Pelos vales de todos os pensamentos
Procurei incansáveis dias e noites
Esgotei as forças do peito
Gritei a alegria em não haver lamentos
Porque depois de viajar mil horizontes
Não achei em você defeito

terça-feira, 4 de novembro de 2014

MEU ANJO

Fica enquanto sonho
Fica por um tempo
Na sombra dos meus cuidados
São quatro da manhã
Estou acordado e atento
Eu me defendo e me arranjo
Expulso todos os demônios
Não crendo minha sorte
Estou...
Velando um anjo

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

DESEJO

Existe alguma coisa
Que se perde em meu olfato
Sempre que você acontece
Confundindo meus sentidos
Sempre despertando meu tato
Sinto o gosto de pele
O calor da sua boca
Perco o rumo
Pensamentos perdidos


quarta-feira, 29 de outubro de 2014

AMOR DE PERDIÇÃO

Não pense minha flor que o tempo
Esse maldito pai das tragédias
Tenha me poupado suas rédeas
Concedendo o balsamo alento

Não
No vazio dos teus olhos
Ele faz mesmo é trazer maldição
Nesse inferno que não acaba
Nesse rosto que não apaga

Trancafiado na masmorra
A fio
Onde apodreço eterno
É pelo vão do seu adeus
Ao longe cada vez mais longe

Seu navio

terça-feira, 28 de outubro de 2014

QUEM ME DERA

Quem me dera
Não fosse a distancia
Desses anos eternos
E somente por alguns momentos
Provar-te o quanto tens de bela
Numa feito você delicada dança
Despir os medos e infernos
Quem dera provocar um sorriso
Nos teus olhos lá dentro

VOCÊ MOÇA

Faz-me bem saber que você existe
Que por meus olhos num descuido atento
Vi a luz além da minha vida triste
Em seu sorriso me cegando o tempo

Faz-me bem saber que anjos não voam
Nem tão pouco possuem aquelas penas
Me exita saber que são e estão
Mesmo que intocáveis apenas

Moça eu já vi anjos nessa vida
E reconheço só pelo andar
Que pode ser frio ou faceiro

Em você no todo e inteiro
Na boca insone me atormentando
Feito um louco buscando seu cheiro

domingo, 26 de outubro de 2014

VOCÊ AS VEZES

Gosto disso
De vez em quando
Eu gosto desse
De tempos em tempos
Gosto do silêncio quebrando
Na sua voz
Meu alento
Que aceito sermos o que somos
As vezes sono
As vezes vento

sábado, 25 de outubro de 2014

SINTO MUITO

Sinto muito que eu sinta tanto
E na ânsia de esquecer por gosto
Despedaço o peito pelos cantos
Nos becos por onde encontro seu rosto

Seja o que for por qualquer intenção
Chego a nada porque nada é o fim
Perco o rumo e perco a razão
Sinto muito que eu me sinta assim

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

MEUS MEDOS

Essas noites são pra toda a vida
Nessa bagunça sem precedentes
Nesse quarto de álcool e mentiras
Assassino minhas horas inocentes

Roupas largadas pelo caminho
Onde tropeço e xingo o mundo
Na minha culpa lavada em vinho
Um som agudo num poço sem fundo

O silencio me olhando de frente
Comprador de todos os meus sentidos
Lembra que hoje sou tudo menos gente

Não tenho forças contra meus medos
Nessas noites sem fim, sem luz ou crença.
São letras perdidas entre meus dedos

terça-feira, 21 de outubro de 2014

POBRE POESIA

O que seria da pobre poesia
Sem os pobres poetas acordados
Escrevendo loucuras noite e dia
em seus becos suicidas enfurnados                                
                                      (?)

sábado, 18 de outubro de 2014

Meu copo
Minha musica
Meus versos
Me sufoco
Me arruíno
Me adverso

domingo, 28 de setembro de 2014

EXAGEROS

Falo tantos exageros
Que importa?
Se apenas verdadeiros.

sábado, 27 de setembro de 2014

PASSADO

Existem coisas e versos escritos
Escondidos no fundo do passado
Adormecidos em paz e aos gritos
Tesouros escondidos, um achado.

Ainda hoje voava eu a esmo
Por um segundo me lembrei de você
Com os olhos no passado ali mesmo
Dei um rasante buscando esquecer

Sei o que vi e tentei disfarçar
Mas o seu sorriso inconfundível
Meu deus! Mesmo depois de tantos anos

Lembrei de coisas que não se pode lembrar
Ao sentir o gosto não menos horrível
Da falta que sinto do que não fomos


domingo, 27 de julho de 2014

A ULTIMA MULHER QUE AMEI.

A última mulher que amei
Me amou também
Era uma estrada sem acostamento
O Elias um bêbado de outras festas
Viciado em álcool e lamentos
Ela uma deusa sem eu merecer
Um atalho
Um blues resolveria tudo
Maldita vodca
Maldito beijo
Bêbados e ela rainha sem rei
Eu sem um trono a oferecer
Herdei desse poço o fundo
Porque a ultima mulher que amei
Era uma estrada que acabou
E o Elias?
Eu não sei...

sábado, 26 de julho de 2014

ANJOS

Meus braços são anjos
Daqueles romanos
De braços quebrados
Nada de alado
São humanos
São anjos que voam
Aos pés de algum santo

segunda-feira, 14 de julho de 2014

MALDIÇÃO

Maldita seja essa felicidade
Mal acompanhada
Na solidão do meu sono
Maldita seja essa liberdade
De que vale um coração sem dono?

sábado, 12 de julho de 2014

MASMORRA

Me lembrei de uma noite há tempos
Seu rosto brilhava e era festa
Minha flor passeando em meu jardim
Em seu vestido de cores azuis

Lembrei de horas e minutos lentos
Dos ois ao abraço e o beijo na testa
Minh'alma seu quintal dentro de mim
Brincando feliz de tudo que me seduz

Lembrei e me lembrando me arrebento
Aquela noite amanheceu veloz
O sol e a realidade sem tardar

A luz em nossa cama veio de dentro
Vimos então as cores morrendo em nós
Sou hoje na masmorra da dor - o lembrar                                                        

sábado, 21 de junho de 2014

TEU SORRISO

Certas coisas jamais deveriam ser
Pelo bem ou mal que nos despertam
Pela dor de tanto crer e não ter
Pelos coices do querer que nos acertam

Mas eu desavisado inocente
Entre um chute e outro por ai
Pastor de um rebanho sem gente
Pelas pedras vi sua boca a sorrir

Se benção ou maldição sabe deus
Sei que meu sono morreu num instante
Entre meu inferno e seu paraíso

Cada momento distraído seu
Não disfarçado em meu semblante
Querendo migalhas do teu sorriso

domingo, 15 de junho de 2014

BUSCA

Busco um caminho

Algo assim

Uma seta que indique por onde

O iníco ou o fim

sexta-feira, 13 de junho de 2014

TEUS PÉS

Teus pés
Por onde andam?
Mundo afora
Teus pés
Que pisaram delicados
Meus versos
Por onde andam
Teus pés agora?

sexta-feira, 2 de maio de 2014

INFÂNCIA

Me lembro de vagas coisas
Infância
De coisas vagas
Dos dias de mente vazia
Dias de alegria

CAOS

Ando meus dias em negras vestes
Meu altismo ignorante me cega
Cobre as margens do caminho
Em horas de caos profundo
Universos explodem suas hordas celestes
Nada me desperta
Por ora sigo minha busca
Algo que há muito deixei
Mais do que sei ...
Que sou capaz de salvar o mundo
Mas quem vai me salvar do que me tornei?


sábado, 1 de março de 2014

FRAQUEZA

Nenhum ser
Humano bicho ou gente
Frente à solidão
Na escuridão do sábado
Tem o poder
De amanhecer
De repente
Sem álcool
Sem sofrer

sábado, 22 de fevereiro de 2014

CORAGEM

Preciso de uma janela
Um copo d’agua
Alguns quilômetros
E a casa dela
Preciso de uma tatuagem
Flores do caminho
O sorriso dela
E coragem?
-

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

SABE DEUS!

Sabe deus
Ele ou mais
Em qual margem
E qual barquinho
Em qual ilha
Ou garagem
Minha paz

domingo, 16 de fevereiro de 2014

LONGE

Passei ao largo todos os momentos
Sem ouvir o que não tinhas dito
Transformando-te lindos lamentos
Em versos que não creio ter escrito

Piscavam vaga-lumes ao meio dia
Enquanto à noite me mastigava
Piscavam lembranças suas e doía
Enquanto à noite me mastigava

Ainda é escuro e não amanheci
Esperando o mundo explodir
Antes que o sol leia o que eu não li

Passei tão longe do teu maldito cheiro
Por tanto tempo que meu sangue parou
Por tantas letras só poesia ficou




segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

QUERER-TE

Do meu querer-te
Imenso
Tanto quanto
Não querer-te
Pago sozinho
Minha divida
Em vinho
Numa taça
Que me afoga
Me abraça

DESEJO

Nas carnes da tua boca
Sobram
Sobejam
O apetite em minha mente
Fruto de uma cabeça louca
Dos pés a sua cabeça
Apenas sente