Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Carlos Drummond de Andrade
sexta-feira, 2 de maio de 2014
INFÂNCIA
Me lembro de vagas coisas
Infância
De coisas vagas
Dos dias de mente vazia
Dias de alegria
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