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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

VERDADES E MENTIRAS

Um a um
Ponto a ponto
e...
Meus pedaços estão inteiros
Culpa das mentiras
Nas verdades que eu conto
.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

AMANHEÇA

Desligue a noite

Amanheça

Apodreça

O sol

Que coisa lerda

Que merda

.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

FIM DE DIA

Maldito fim de dia
Todos os dias
Sol da tarde
Que arde
Sol covarde
Fim de dia

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

VENTOS MORTOS

Sempre que ouvi os ventos tortos
De passagem eu sempre sozinho
Levantei meus pesadelos já mortos
Dos túmulos que chamei de caminho

.

sábado, 2 de novembro de 2013

ESTRADA DA VIDA

Minha estrada veio sempre torta
E mesmo sabedor de cada passo
Não fui capaz de riscar um só traço
Fui um desses que a vida aborta

Minha falsa sozinhez era um porão
Quando percebi a noite me olhando
Os passos da solidão me rondando
Procurei no medo a luz de uma mão

Todos os gemidos abafados
Tornaram-se palavras doloridas
E sem fé calaram-se ante a vida

Viajei em lamentos e fados
Só fiz aumentarem as feridas
Que inda hoje não se fez querida

sábado, 12 de outubro de 2013

BUSCA

Sempre às portas do inferno
Ele fugia do próprio demônio
Se realidade cruel ou sonho
Sabia apenas ser eterno

Tal cachorro sem casa ou dono
Vagava por qualquer caridade
De qualquer vento pela cidade
Na esperança de dormir bom sono

Buscador de uma verdade nua
Desconhecida sem nome e sem cor
Em todos os lugares e suas ruas

Mergulhou no vazio da própria calma
E enquanto todos não o enxergavam
Ele se perdeu num atalho da alma

sábado, 27 de julho de 2013

URGÊNCIA

Eu precisava cortar os cordões
Das mães malditas que não me pariram
Todos os umbilicais e seus bordões
Dos buracos onde meus eus saíram

Eu precisava de algum motivo
Onde as mentiras feitas em casa
Não abortassem meus poucos sentidos
Afogando-me nu em agua rasa

Era necessário romper todos os ais
Minhas verdades afiadas bastavam
Embora meus argumentos não mais

E foi preciso que eu me calasse
Nenhum nó desatado nesse surto
E nada morre se você não renasce

terça-feira, 16 de julho de 2013

CORAÇÃO DE MINAS

Nada vai me fazer sorrir
Não há sonhos ou adivinhas
Esse coração do sul...
É prisioneiro em minas

sábado, 29 de junho de 2013

LABIRINTOS

Às vezes os Labirintos me pedem em si
Eis que todos os círculos se abrem
E todos os caminhos se perdem em mim
Só as noites desesperadas sabem

Em um campo maior que o universo
Sem paredes ou vento mesmo que norte
Cada rastro é letra de um verso
Cada metro a frente é pura sorte

terça-feira, 11 de junho de 2013

MUNDO MORTO

Algo que já não existe
Insiste
Porque apenas na memória
Resiste
Morreu
E morto está
Porque é feio e nojento
Esse mundo chato
Que me fugiu das mãos
Feito unguento
E eu não quero me lembrar
Dos doentes e dos sãos
Das malditas ou queridas
Fico feliz nesse mausoléu
Cachorro sem dono
Lambendo a própria ferida


domingo, 26 de maio de 2013

SEU SORRISO

Inesperado como um terremoto
Nas profundezas do esquecimento
 Veio da tranquilidade um lamento
Trazendo o que me era não, por voto.

Foi um tempo louco em um mundo são
Trouxemos anjos s sereias do mar
Enterramos monstros em nossas almas
E vimos da praia tudo se acabar

Lembro-me ter rasgado as fotos todas
Lembro-me ter rasgado todos os versos
Lembro-me não ter esquecido seu cheiro

O tempo hoje veio falar disso
Mesmo tendo nos rasgado vida afora
As feridas se abrem ao seu sorriso

sábado, 18 de maio de 2013

PORTA ABERTA


Ainda que invisível
Eis uma porta aberta
Se não a vês
Não tens coração
Pois tens os olhos do mundo
Mesmo que não percebas
A luz é irresistível
E mesmo as paredes trincadas
Cicatrizes de uma dor sem fundo
Farão de você a mais linda canção
Não, um sorrido nem mesmo a dor se nega.
Ainda que desconhecidas
Eis em uma porta aberta
Verdades que a futilidade cega



domingo, 12 de maio de 2013

POEMA


Morri numa tarde de sol
Quando Todos os passarinhos
De todos os poetas cantavam
As folhas dos ipês caiam de tanto outono
Morri calma e lentamente
Enquanto o vento soprava
Era frio e eu me libertava
Feito poema de algum poeta maldito
Que por amor sofreu
E de amor morreu

quinta-feira, 25 de abril de 2013

INCOMUM


Não é uma tristeza comum
Daquelas que fazem noite
Que matam sonhos um a um
Que batem feito açoite

Não, não é a mesma dor.
Pois essa não rasga o peito
Nada de espinho sem flor
Nada de lamentos
Nada de coração apertado estreito
Mas tudo torcendo por dentro

Essa não veio com lagrimas
Carentes de colo e lenço
Veio como tragédia
Trouxe todas as chagas
Pois essa trouxe o silencio 

quinta-feira, 18 de abril de 2013

O LADO DE LA


La pras bandas do outro lado
Que seja do bairro ou da cidade
La onde as coisas são
De mentira ou verdade
Do outro lado do rio ou do continente
Aqui na rua ou outro estado
Alguém vive sonhando
Querendo o lado de cá
Mas assim como eu
Calado

domingo, 14 de abril de 2013

RESPOSTAS


E porque tanta alegria
Sendo ela a semente da dor?
Hoje busco respostas
Se o sofrimento precede o riso
Ou seria ele o fruto da luz
Quando dando as costas
Desejo o segundo anterior
No relógio de te conhecer
Fugiria tal demônio à cruz
Não seria hoje esse padecer

sábado, 30 de março de 2013

MALDITA


Maldita
Antes me tivesse posto fim
E não pela metade
Como um verme mal pisado
Agonizante e errado
Antes não houvesse
Existisse
E quando eu olhando a vida
Apenas risse

domingo, 24 de março de 2013

PENSO,LOGO SOFRO


Onde vivem presos meus pensamentos
É uma casa com tantos quartos vagos
Que às vezes depois de uns tragos
Perco-me no passado de um momento

Vejo-me ferida aberta sem cor
Nessa hora em que as verdades voltam
Toda cicatriz sangra por uma flor
Lembranças que feito faca me cortam

Mesmo amareladas pelo tempo
E trancadas em um baú cor de breu
São fotos vivas e eu me arrebento
Ao perceber que esse baú sou eu

Não sei quantos versos mais vou escrever
Porque em meus olhos chovem versos
Não sei até onde vou sobreviver
Com migalhas de momentos inversos

quinta-feira, 21 de março de 2013

TEM QUE SER


Tem que ser feito som de trovão
Você aparece
Renascem os sins
Matando todos os nãos

Precisa que seja tempestade
Teus olhos vendaval
Arrastando o que sou
Por ai, pela cidade.

sábado, 9 de março de 2013

SONO DA ALMA


Minh ’alma não cabe onde se abriga
E mesmo louco me julgando um verme
Eu sou o que não acredita na vida
Culpado de toda dor que me concerne

Me faço menino e sou especial
Alegre ilusão destruída ante
Um par de olhos que me julgam mal
Dando ao inferno esse instante

Por terrível que seja a injustiça
Ao perceber da culpa o direito
Assino cada linha e o efeito

Mas não me deixo crer algo desse mundo
Sou peça de um quebra cabeça mono
E se não morro, a vida me da sono

sexta-feira, 8 de março de 2013

SORTE


Ando considerando a sorte
Na Busca apressada  
Em lábios que não lembrem morte
Sentir novamente a estranheza
Do arrepio de algo não explicável
Onde confusa e amada
Dando e perdendo rumo
Seja toda a beleza
Findando essa vida incauta
Seja isso ou a morte
Pois que a solidão é um tumulo

COISAS ESTRANHAS


Sobre tantas coisas estranhas
Eu quero o segredo da dor
E o porquê da não morte
Então tirar das entranhas
Simples como uma flor
Sem cicatriz, sem corte.
Quero que o relógio corra
Que o tempo seja breve
Enquanto do alto de qualquer lugar
Eu veja o fim a que a vida serve
E que tudo morra
Eu não vou cantar
Eu sou estranho e não me acho
Sou perdido sem lugar
Em um mundo especial
De pessoas especiais
É uma tortura a cada passo.

terça-feira, 5 de março de 2013

VIDA PERDIDA


Eu não aprendi tudo com a vida
Cresci aos pontapés
Os anos voaram e eis me aqui
Nenhuma boa sorte me foi querida
Nenhum motivo e nenhuma fé
E se vai à vida a trotes apressados
Levando na enxurrada
Nas aguas da desesperança
Tudo que morreu já no inicio
Bailando fétida dança