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sábado, 2 de novembro de 2013

ESTRADA DA VIDA

Minha estrada veio sempre torta
E mesmo sabedor de cada passo
Não fui capaz de riscar um só traço
Fui um desses que a vida aborta

Minha falsa sozinhez era um porão
Quando percebi a noite me olhando
Os passos da solidão me rondando
Procurei no medo a luz de uma mão

Todos os gemidos abafados
Tornaram-se palavras doloridas
E sem fé calaram-se ante a vida

Viajei em lamentos e fados
Só fiz aumentarem as feridas
Que inda hoje não se fez querida

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