Onde vivem presos meus pensamentos
É uma casa com tantos quartos vagos
Que às vezes depois de uns tragos
Perco-me no passado de um momento
Vejo-me ferida aberta sem cor
Nessa hora em que as verdades voltam
Toda cicatriz sangra por uma flor
Lembranças que feito faca me cortam
Mesmo amareladas pelo tempo
E trancadas em um baú cor de breu
São fotos vivas e eu me arrebento
Ao perceber que esse baú sou eu
Não sei quantos versos mais vou escrever
Porque em meus olhos chovem versos
Não sei até onde vou sobreviver
Com migalhas de momentos inversos
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