Há os que tentam uma outra via
Há buscar o dia no riso perdido
Em algum lugar de alguma romaria
Onde trotam passos exauridos
Há os que erguem os olhos diferente
A olhar por sobre outras terras
O sol de outros campos é mais quente
Calor que alimenta tantas quimeras
Há os que desafiam tempestades
Na firmeza da Constancia errante
Enfrentando homens e potestades
Caçador de algum monstro gigante
Há os que o amor fez divertida troça
A troco de sorrisos cor de noite
Pelo prazer que de amargo adoça
Ceifando em seguida feito foice
Há os que sofrem da vida as perdas
Pois todo amor tem começo e fim
Legando a dor n’alguma vereda
Que desemboca num pranto carmim
Há os que morrem na vez primeira
Há os que caem a todo tropeço
Há os que na vez derradeira
E renascem num sorriso, é o recomeço
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