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quinta-feira, 30 de junho de 2011

CANSADO

Cansado o brilho de uma estrela
Velha com os olhos cheios d’agua
Apagando lentamente cada centelha
Chorando cada lampejo de magoa

Perdido de uma nuvem os passos
Respirando fundo antes do grito
Dissipando o existir nos próprios atos

Eu não deixei de seguir em frente
A estrada é que a muito me passou

segunda-feira, 13 de junho de 2011

NU

De tanto tu
Nada sobrou de eu
Cuidei sua carência perecer
e...
De tanto me dar
Me vejo nu de você

sábado, 11 de junho de 2011

FECHADO

Fechado que sou
Feito concha abrindo de tempos em tempos
E a cada bafo de bolhas
O mundo me fecha em lamentos
Amargo que sou
feito escuro em tempestade
agonizo o passado
e mato no futuro minha idade
Sozinho que sou
feito voluntario na guerra
Meu eu a muito passou
alma sepultada sem amor
sem terra

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Você poesia

Alegra-me quando me chamas
Feito primavera quando floresce
Teu sorriso alastrado em ramas
Abençoando, pois nada perece

Brilham raios de sol dos lábios teus
E a luz da noite te vejo lua
Imagino vento em seus cabelos brincar
Miro sua beleza-como se fosse nua

Me olhas e o sorriso fácil nasce
Preso fico na armadilha desse enlace
E não me solto-por vontade fico

Certo que enquanto for –serei feliz
Em crescer quando de amor me diz
Me cuide nas noites anjo-suplico

sábado, 4 de junho de 2011

O FIM DE UMA DOR

Findo em letras essa estrada de dor
Com pontos grosseiros fecho o buraco
Que sua brincadeira cavou em flor
Abandonando em seguida ao lado

Selo com toda magoa viva em mim
Lacro em uma caixa de tristezas
Os sonhos de vento trazendo jasmim
Os beijos molhados e toda beleza

Desejo voltar um segundo antes
No tempo de poder fugir passos longos
A tempo de não beber do veneno

Tornei minha tempestade maldita
Perdoei todo o mal da sua estada
Mas não perdôo não saberes ser amada