Cansado o brilho de uma estrela
Velha com os olhos cheios d’agua
Apagando lentamente cada centelha
Chorando cada lampejo de magoa
Perdido de uma nuvem os passos
Respirando fundo antes do grito
Dissipando o existir nos próprios atos
Eu não deixei de seguir em frente
A estrada é que a muito me passou
Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser escritos. Estão paralisados, mas não há desespero, há calma e frescura na superfície intata. Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário. Convive com teus poemas, antes de escrevê-los. Carlos Drummond de Andrade
quinta-feira, 30 de junho de 2011
segunda-feira, 13 de junho de 2011
NU
De tanto tu
Nada sobrou de eu
Cuidei sua carência perecer
e...
De tanto me dar
Me vejo nu de você
Nada sobrou de eu
Cuidei sua carência perecer
e...
De tanto me dar
Me vejo nu de você
sábado, 11 de junho de 2011
FECHADO
Fechado que sou
Feito concha abrindo de tempos em tempos
E a cada bafo de bolhas
O mundo me fecha em lamentos
Amargo que sou
feito escuro em tempestade
agonizo o passado
e mato no futuro minha idade
Sozinho que sou
feito voluntario na guerra
Meu eu a muito passou
alma sepultada sem amor
sem terra
Feito concha abrindo de tempos em tempos
E a cada bafo de bolhas
O mundo me fecha em lamentos
Amargo que sou
feito escuro em tempestade
agonizo o passado
e mato no futuro minha idade
Sozinho que sou
feito voluntario na guerra
Meu eu a muito passou
alma sepultada sem amor
sem terra
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Você poesia
Alegra-me quando me chamas
Feito primavera quando floresce
Teu sorriso alastrado em ramas
Abençoando, pois nada perece
Brilham raios de sol dos lábios teus
E a luz da noite te vejo lua
Imagino vento em seus cabelos brincar
Miro sua beleza-como se fosse nua
Me olhas e o sorriso fácil nasce
Preso fico na armadilha desse enlace
E não me solto-por vontade fico
Certo que enquanto for –serei feliz
Em crescer quando de amor me diz
Me cuide nas noites anjo-suplico
Feito primavera quando floresce
Teu sorriso alastrado em ramas
Abençoando, pois nada perece
Brilham raios de sol dos lábios teus
E a luz da noite te vejo lua
Imagino vento em seus cabelos brincar
Miro sua beleza-como se fosse nua
Me olhas e o sorriso fácil nasce
Preso fico na armadilha desse enlace
E não me solto-por vontade fico
Certo que enquanto for –serei feliz
Em crescer quando de amor me diz
Me cuide nas noites anjo-suplico
sábado, 4 de junho de 2011
O FIM DE UMA DOR
Findo em letras essa estrada de dor
Com pontos grosseiros fecho o buraco
Que sua brincadeira cavou em flor
Abandonando em seguida ao lado
Selo com toda magoa viva em mim
Lacro em uma caixa de tristezas
Os sonhos de vento trazendo jasmim
Os beijos molhados e toda beleza
Desejo voltar um segundo antes
No tempo de poder fugir passos longos
A tempo de não beber do veneno
Tornei minha tempestade maldita
Perdoei todo o mal da sua estada
Mas não perdôo não saberes ser amada
Com pontos grosseiros fecho o buraco
Que sua brincadeira cavou em flor
Abandonando em seguida ao lado
Selo com toda magoa viva em mim
Lacro em uma caixa de tristezas
Os sonhos de vento trazendo jasmim
Os beijos molhados e toda beleza
Desejo voltar um segundo antes
No tempo de poder fugir passos longos
A tempo de não beber do veneno
Tornei minha tempestade maldita
Perdoei todo o mal da sua estada
Mas não perdôo não saberes ser amada
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