Seria-me um prazer infinito
Se a atenção de seus lábios luzidos
Fosse por uma fração de sorriso
Em meus olhos, lá dentro dirigido
.
Ofusca-me a serenidade, seu jeito
Aporta de carona no silencio
E cria uma tormenta em meu peito
É um não ter chão na perda do senso
.
Com a luz que do seu corpo nasce
Ilumina-me o dia desde no inicio
Aurora da sua pele em minha face
.
Sinuoso seu caminho caminhar
Sinto leve, seu semblante, seu olhar
Tímido, meu premio é vislumbrar-te
Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser escritos. Estão paralisados, mas não há desespero, há calma e frescura na superfície intata. Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário. Convive com teus poemas, antes de escrevê-los. Carlos Drummond de Andrade
quarta-feira, 22 de abril de 2009
domingo, 19 de abril de 2009
DESTRUIÇÃO
Na tormenta se criam as ondas
Maiores e mais belas filhas da noite
Numa dança de terror encanta e atrai
Bonito, aterrador e por assim vai
Ao longe na praia é claro ver
A sede de se afogar ao destruir
O ódio que morre logo ao nascer
O terror de não poder nada arrasar
(Além de si)
Quem dera fosse uma tempestade
Quem dera fosse mesmo em alto mar
Oxalá não estivesse tão vivo em meu peito
Esse tombar de ventos a murmurar
Maiores e mais belas filhas da noite
Numa dança de terror encanta e atrai
Bonito, aterrador e por assim vai
Ao longe na praia é claro ver
A sede de se afogar ao destruir
O ódio que morre logo ao nascer
O terror de não poder nada arrasar
(Além de si)
Quem dera fosse uma tempestade
Quem dera fosse mesmo em alto mar
Oxalá não estivesse tão vivo em meu peito
Esse tombar de ventos a murmurar
eu
Todo momento de confissão é mágico
Viajar no fundo dos olhos e dizer
Palavras num pudor emblemático
Olhar e falar que sem você não pode ser
E assim em suas pupilas dilatado
Anos luz distante, porém lado a lado
Sinto-me a vontade em declarar
Que somos só eu e você até acabar
Não existem alegrias nesse ato
As lagrimas são água perdida
Chorar é inútil e sofrer é um fato
Soluço incontido, olhos vermelhos
A você posso abrir meu peito
Desgraçado e maldito espelho
Viajar no fundo dos olhos e dizer
Palavras num pudor emblemático
Olhar e falar que sem você não pode ser
E assim em suas pupilas dilatado
Anos luz distante, porém lado a lado
Sinto-me a vontade em declarar
Que somos só eu e você até acabar
Não existem alegrias nesse ato
As lagrimas são água perdida
Chorar é inútil e sofrer é um fato
Soluço incontido, olhos vermelhos
A você posso abrir meu peito
Desgraçado e maldito espelho
EXPLICAÇÃO
Por onde anda um pensamento
Antes de acometer nosso agora?
De onde vem o porquê do momento
Se depois ele segue mundo afora?
Talvez por ser único em seu peso
Precise viajar em outras mentes
Saciando assim todo ensejo
Atingido ateus, católicos e crentes
E que idéia é essa minha agora?
Seriam versos repetidos depois?
No vento que trouxe e foi embora
Como explicar então os gênios?
Idéias únicas e brilhantes
Não, não existem ventos semelhantes
Antes de acometer nosso agora?
De onde vem o porquê do momento
Se depois ele segue mundo afora?
Talvez por ser único em seu peso
Precise viajar em outras mentes
Saciando assim todo ensejo
Atingido ateus, católicos e crentes
E que idéia é essa minha agora?
Seriam versos repetidos depois?
No vento que trouxe e foi embora
Como explicar então os gênios?
Idéias únicas e brilhantes
Não, não existem ventos semelhantes
SABER
É um terrível não saber
Aceitar ou entender
Em te ver me inspirei
Palavras vem à mente
A dor de onde não sei
É fato me sentir agora diferente
Uma luz no fim do seu túnel
Brilhando pra nós dois
Sei do adeus antes do inicio
E conheço agora
O remorso sem ter pecado
Ficou talvez um resquício
Antes que fosses embora
E fui em busca do seu sorriso
Encontrei seu choro
Me aperta o peito agora
E faço chuva em você desses versos
Pra ver se disperso
Exorcizo o efeito
Do demônio que eu criei em você
Mas que me atormenta o peito
Aceitar ou entender
Em te ver me inspirei
Palavras vem à mente
A dor de onde não sei
É fato me sentir agora diferente
Uma luz no fim do seu túnel
Brilhando pra nós dois
Sei do adeus antes do inicio
E conheço agora
O remorso sem ter pecado
Ficou talvez um resquício
Antes que fosses embora
E fui em busca do seu sorriso
Encontrei seu choro
Me aperta o peito agora
E faço chuva em você desses versos
Pra ver se disperso
Exorcizo o efeito
Do demônio que eu criei em você
Mas que me atormenta o peito
DIA NEGRO
Não é a dificuldade da tarefa
Que me assusta ou amedronta
Mas a eminência do fracasso.
Não é minha alma que agora blefa
Mas uma agonia que me afronta
O terror e o medo a cada passo
Diante do caos a impotência
Quarto escuro sem porta, sem ar
Quarto assombrado e lacrado
Não é a realidade da descrença
O nó na garganta ao falar
Mas a insanidade aqui ao lado
É o arrependimento anunciado
A amargura no coração apodrecido
O desejo de não ter amanhecido
Que me assusta ou amedronta
Mas a eminência do fracasso.
Não é minha alma que agora blefa
Mas uma agonia que me afronta
O terror e o medo a cada passo
Diante do caos a impotência
Quarto escuro sem porta, sem ar
Quarto assombrado e lacrado
Não é a realidade da descrença
O nó na garganta ao falar
Mas a insanidade aqui ao lado
É o arrependimento anunciado
A amargura no coração apodrecido
O desejo de não ter amanhecido
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