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terça-feira, 25 de novembro de 2008

CEGA


CEGA

Não sabes
Porque não conto
Nem percebes

Pois não demonstro

Mas invadiste meu coração
Prendendo-me assim

E não consigo
fugir de mim
Nem sabes
Sequer desconfia

Mas provocas

Me desafia

E segues
Alheia
Porque não sabes

E eu não conto

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

CHORO


CHORO

É quando a noite encontra o mar e...
As estrelas tocam o infinito
E não se sabe onde começa um
E onde termina o céu
Vejo o azul se perder no horizonte
Dando lugar ao negro
Aquele pano escuro
Cheio de furinhos brilhantes
E o mar vira céu virando mar
E tudo é uma coisa só
É quando o dia se deixa engolir
Pela noite que chega sem vergonha
E o céu se funde ao mar na imensidão
E os olhos se juntam as águas
E não se sabe onde começa o choro
E onde termina a escuridão

sábado, 22 de novembro de 2008

Siga adiante



Siga adiante

E vejo novamente a placa
Que indica o caminho certo

Rumo ao inferno mais profundo

Me apagando desse feio mundo


Me aventurei por aqui outros dias

Já estive tão perto do fim da luz

Por vezes quase me perdi de vista

Me aflige o medo que me conduz


Medo que sopra tão forte e violento

Que numa investida ainda consegue
Atingir seu terrível e cruel intento


Apagar esse fio de claridade n’alma
Que me mantém ainda em terra firme
Me Abandonando sem razão, sem calma

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Quando


quando?

Lembro-me ter sido feliz uma vez
Lugar e momento que desconheço

Eu nem me lembro o dia ou o mês

Foi eu sei, o final de algum começo.


Foi numa tarde de inverno sem graça

Céu fechado e vento frio cortando

Ou quem sabe outono numa praça

Os ipês suas folhas no ar ventando


Sei de você que nem lembro quem era

Ao meu lado aquecendo no olhar
Coração explodindo, eu sei chorar.

Nesse dia fui um homem muito feliz

Seguimos então cada um seu caminho

Não sinto mais você, ando sozinho.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Sinos malditos

Sinos malditos

Que os sinos chorem minha dor
Que gritem das torres lamentos
Nas nuvens cheguem pensamentos
Nascidos na minha sina de desamor

Nuvens negras chovam sobre o mundo
Dos meus olhos lagrimas de sangue
Me molhe agora feito vagabundo
Sem historia nem nada grande

Isso, gritem alto malditos sinos.
Digam a todos meu tormento
Mostrem meu coração sem alento

Espalhem no vento meus gemidos
Na chuva fina lamentem minha sorte
No vendaval anunciem minha morte

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

A você flor


A você flor

A você flor mais bela desse jardim
A você cujo perfume é de luz
E não me deixa esquecer o sim

Que nunca ouvi e que me conduz


A você que me provocou a sede

E não consigo saciar nas fontes

Nos olhos lhe pedi água, mas não crede

A você que não permite uma ponte


O toque de seu espírito me diz

Como deixar minha vida terra fértil
Jardim feito onde possa ser feliz

A você minha flor de todas as cores

Por quem tenho derramado versos

A você por quem vou onde fores

domingo, 16 de novembro de 2008

desejo


Desejo

Os demonios que me atormentam
São rapidos em se multiplicar
Famintos pelo meu espirito
Dele se alimentam
No meu peito o destroçar

São começo e fim do meu desejo
Respiro o exorcismo dessas bestas
Que invadem,dominam
E não vejo

Meu coração é inferno
São momentos
Quem dera a sorte ter um fim!
Essa dor.
Não ter o fardo dos sentimentos
Poder viver sem lagrimas
Sem amor

sábado, 15 de novembro de 2008

Sem sentido



SEM SENTIDO

Na saudade que nunca há de existir
O entardecer de uma alma
Onde só os poetas podem ver

Sem sentido,sem calma

Já fui um ser apaixonado

Já tive vontade de viver

Hoje escrevo sem por quê
Deixei o viver,o ser de lado

Na saudade que nunca há de existir
O entardecer de uma alma
Eu não sou poeta,não posso ver

Sem sentido,sem calma