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sábado, 30 de março de 2013

MALDITA


Maldita
Antes me tivesse posto fim
E não pela metade
Como um verme mal pisado
Agonizante e errado
Antes não houvesse
Existisse
E quando eu olhando a vida
Apenas risse

domingo, 24 de março de 2013

PENSO,LOGO SOFRO


Onde vivem presos meus pensamentos
É uma casa com tantos quartos vagos
Que às vezes depois de uns tragos
Perco-me no passado de um momento

Vejo-me ferida aberta sem cor
Nessa hora em que as verdades voltam
Toda cicatriz sangra por uma flor
Lembranças que feito faca me cortam

Mesmo amareladas pelo tempo
E trancadas em um baú cor de breu
São fotos vivas e eu me arrebento
Ao perceber que esse baú sou eu

Não sei quantos versos mais vou escrever
Porque em meus olhos chovem versos
Não sei até onde vou sobreviver
Com migalhas de momentos inversos

quinta-feira, 21 de março de 2013

TEM QUE SER


Tem que ser feito som de trovão
Você aparece
Renascem os sins
Matando todos os nãos

Precisa que seja tempestade
Teus olhos vendaval
Arrastando o que sou
Por ai, pela cidade.

sábado, 9 de março de 2013

SONO DA ALMA


Minh ’alma não cabe onde se abriga
E mesmo louco me julgando um verme
Eu sou o que não acredita na vida
Culpado de toda dor que me concerne

Me faço menino e sou especial
Alegre ilusão destruída ante
Um par de olhos que me julgam mal
Dando ao inferno esse instante

Por terrível que seja a injustiça
Ao perceber da culpa o direito
Assino cada linha e o efeito

Mas não me deixo crer algo desse mundo
Sou peça de um quebra cabeça mono
E se não morro, a vida me da sono

sexta-feira, 8 de março de 2013

SORTE


Ando considerando a sorte
Na Busca apressada  
Em lábios que não lembrem morte
Sentir novamente a estranheza
Do arrepio de algo não explicável
Onde confusa e amada
Dando e perdendo rumo
Seja toda a beleza
Findando essa vida incauta
Seja isso ou a morte
Pois que a solidão é um tumulo

COISAS ESTRANHAS


Sobre tantas coisas estranhas
Eu quero o segredo da dor
E o porquê da não morte
Então tirar das entranhas
Simples como uma flor
Sem cicatriz, sem corte.
Quero que o relógio corra
Que o tempo seja breve
Enquanto do alto de qualquer lugar
Eu veja o fim a que a vida serve
E que tudo morra
Eu não vou cantar
Eu sou estranho e não me acho
Sou perdido sem lugar
Em um mundo especial
De pessoas especiais
É uma tortura a cada passo.

terça-feira, 5 de março de 2013

VIDA PERDIDA


Eu não aprendi tudo com a vida
Cresci aos pontapés
Os anos voaram e eis me aqui
Nenhuma boa sorte me foi querida
Nenhum motivo e nenhuma fé
E se vai à vida a trotes apressados
Levando na enxurrada
Nas aguas da desesperança
Tudo que morreu já no inicio
Bailando fétida dança