Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser escritos. Estão paralisados, mas não há desespero, há calma e frescura na superfície intata. Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário. Convive com teus poemas, antes de escrevê-los. Carlos Drummond de Andrade
sábado, 21 de abril de 2012
FANTASMA
Acordei com um fantasma interrogador
Sussurrando ventos em meus ouvidos
Porque escreves tantos versos de amor
Na magoa de um apenas vivido
Te esqueces pelo visto das alegrias
De tantas paixões vida afora
Te esqueces dos gozos durando dias
Te esqueces e por tão pouco choras
Ora, alma penada que nada sabe.
É certo que muitas vidas foram vividas
É certo que morreram em si mesmas
Perdeste o sol que brilhou minha tez
Porque Minh ‘alma vive dor eterna
Pois que amor só conheci uma vez
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário