Powered By Blogger

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

CASEBRE

Comprei a custoso preço
Na cor mais rubra
Do sangue que não derramei

Barganhei o decidido direito
Com o cuidador do endereço
Da trilha nos meus passos perdida

Dei-me o poder assim
Ante a aquisição desonesta
De poder ser o que for de mim

Paguei com palavras enrugadas
Pela escritura de uma casa funesta
Onde tudo eram sombras

Quebrando um frio não qualquer
Tudo era espelho e eram muitos
Tudo era eu e era desespero
Não havia uma cadeira sequer

Eram paredes doentes em pus
Parasitas do frio e das trevas
Vermes rastejando infernos
De tal cansado, acendi a luz

Nenhum comentário: