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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

CRUZ

Quando sai pela porta da frente
Endireitando os passos trôpegos
Eu buscava ao longe alem do portão
Alem algo de onde fosse
Algum semblante de luz
Era noite e a vida me cerrara os dentes
Era cedo para passos tão bêbados
Se são ou se apenas ilusão
Sei que nada a distancia me trouxe
E buscar o além nada é minha cruz

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

HOJE NÃO

Hoje eu não vou falar em tristeza
Eu não quero desenterrar sorrisos
Nem a chuva me tira essa certeza
La fora vomitando ais e granizos

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

CASEBRE

Comprei a custoso preço
Na cor mais rubra
Do sangue que não derramei

Barganhei o decidido direito
Com o cuidador do endereço
Da trilha nos meus passos perdida

Dei-me o poder assim
Ante a aquisição desonesta
De poder ser o que for de mim

Paguei com palavras enrugadas
Pela escritura de uma casa funesta
Onde tudo eram sombras

Quebrando um frio não qualquer
Tudo era espelho e eram muitos
Tudo era eu e era desespero
Não havia uma cadeira sequer

Eram paredes doentes em pus
Parasitas do frio e das trevas
Vermes rastejando infernos
De tal cansado, acendi a luz

sábado, 3 de dezembro de 2011