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quarta-feira, 9 de março de 2011

A FERRO E FOGO

Minhas tantas infâncias
Tão divididas dentro de mim
Crianças perdidas no medo
Dos pesadelos nas noites sem fim
Dos dias que foram um instante
Vividas na maturidade precoce
Vívidas na memória infante
Um milênio em um segundo
Vida nas mãos de um anjo vagabundo
Brincando uma alma como num jogo
Poço sem fundo
Meu eu criado a ferro e fogo

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