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domingo, 27 de setembro de 2009

Não quero terminar meu caminho
Sem encontrar teus olhos no final
Soariam as trombetas do inferno
Seria o frio pior no momento fatal

Quando minha estrada cruzar a sua
Quero teu olhar por sol me aquecer
Nas tuas mãos sentir a viva,a vida
Por ultimo cheiro,seu hálito merecer

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Eu estou sóbrio demais
A ponto de me lembrar os versos
Que minha lucidez
Banhada em vinho
Cantou e titubeou pela noite
De boca em boca
buscando a sua
Bebi tanto que perdi minha loucura
E nem percebi
Que seu norte não cruza meu caminho
Perdido em desejos na consciência insana
Desejo você, poesia
Com palavras ainda não nascidas
Linhas perfeitas por poeta algum já escritas
Em letras de luz de idéias minhas

Desejo você, musica
Feita de notas celestiais
Nunca antes reveladas ao homem
Harmonizando ao seu andar as tais
Faiscando o sol nas trevas que somem

Desejo você, flor
Jamais nascida entre os mortais
Com cores e brilhos sem igual
De pétalas feitas com cristais
Um perfume de enlouquecer qualquer normal

Desejo

Desejo porque já és
E por não poder ser eu por ti agraciado
Desejo na minha sombra beber sua luz
Quando passas sem me ver ao seu lado
Deixando sem perceber um pouco de tudo
Que de você me seduz
Seu cheiro, sua cor, sua luz

perfeição 1

Às vezes peregrino as cegas
Em busca do brilho que mais que o sol
Queima minh’alma e das trevas me leva
Em êxtase e metamórfico arrebol

Sou então presa fácil de uma luz
Que dos seus olhos faíscam nos meus
Competindo com seus lábios, ai meu deus
Sem piscar e sem falar, me mata, me seduz

Estrela que me leva a saturno
Um sonho que do infinito desejo
Onde meu verso já não mais taciturno

És um todo de perfeição concreta
Opaco e sem cor já não sinto frio
Seus raios fazem minha aurora um rio