Sempre às portas do inferno
Ele fugia do próprio demônio
Se realidade cruel ou sonho
Sabia apenas ser eterno
Tal cachorro sem casa ou dono
Vagava por qualquer caridade
De qualquer vento pela cidade
Na esperança de dormir bom sono
Buscador de uma verdade nua
Desconhecida sem nome e sem cor
Em todos os lugares e suas ruas
Mergulhou no vazio da própria calma
E enquanto todos não o enxergavam
Ele se perdeu num atalho da alma