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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O MONSTRO


Tinha um monstro
Mas não sob a cama
Não era na janela
Nem o vento na rama
Era horrível o ser
No guarda roupas paz
Mas o sossego jaz
Porque mesmo sem ser
Era
E sendo todos os vultos
Era também todos os medos
Todas as idéias
E pela manhã ele se transformava
Em cortina, roupas e segredos

terça-feira, 6 de novembro de 2012

LAPIDE


Uma lapide infeliz
De quem se diz
O mundo se perdeu
E quem fui eu?
Tudo passa feito ventania
Tudo morre e muito se cria
Mas no fundo do fim
Ai da vida e ai de mim.