Eu queria apenas te odiar
Eu queria poder te esquecer
Eu queria nunca mais te encontrar
Eu queria não mais te ver
Eu queria não lembrar
Eu queria não ter te beijado
Que queria não te amar
Eu queria não ter te tocado
Eu queria ser capaz
Eu queria não ter visto você nos perecer
Eu queria voltar atrás
Eu queria que você fosse quem pregou ser
Eu queria que seu amor fosse menos frágil
Eu queria não ter sido mais uma vez a opção
Eu queria acreditar no que nada me convence mais
Eu queria ver em você um coração
Eu queria você
Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser escritos. Estão paralisados, mas não há desespero, há calma e frescura na superfície intata. Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário. Convive com teus poemas, antes de escrevê-los. Carlos Drummond de Andrade
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
rimas
Mereces cada verso, cada letra
Toda inspiração do céu em minha pena
Mesmo os tendo jogado na sarjeta
Cada rima que agora queima
Talvez não seja merecedora de tanto amor
Por não dar valor devido a tanta verdade
E se contentar com as migalhas e o torpor
Talvez não queira mesmo essa liberdade
Mas és uma deusa perfeita e maravilhosa
E é isso que meus olhos levam de ti
Pois em tudo vejo você, em tudo e toda prosa
Como se ainda estivesse aqui
Que sejam esses meus versos finais
Se não me aceitas, tão pouco minhas palavras
Que morra aqui toda inspiração
Minha alma, meu corpo, meu coração.
Toda inspiração do céu em minha pena
Mesmo os tendo jogado na sarjeta
Cada rima que agora queima
Talvez não seja merecedora de tanto amor
Por não dar valor devido a tanta verdade
E se contentar com as migalhas e o torpor
Talvez não queira mesmo essa liberdade
Mas és uma deusa perfeita e maravilhosa
E é isso que meus olhos levam de ti
Pois em tudo vejo você, em tudo e toda prosa
Como se ainda estivesse aqui
Que sejam esses meus versos finais
Se não me aceitas, tão pouco minhas palavras
Que morra aqui toda inspiração
Minha alma, meu corpo, meu coração.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
só
Eu estou sozinho essa noite
E você?
Por onde anda com meu mundo?
Solitária na companhia vazia de alguém?
Me encontro carente de te fazer carinho
Alma doente da sua ausência
Morrendo a cada segundo
Como se o mundo fosse acabar
Minha motivação aos poucos exaurindo
Estou apagado por mil anos
Os mesmos que eu jurei te amar
E você?
Por onde anda com meu mundo?
Solitária na companhia vazia de alguém?
Me encontro carente de te fazer carinho
Alma doente da sua ausência
Morrendo a cada segundo
Como se o mundo fosse acabar
Minha motivação aos poucos exaurindo
Estou apagado por mil anos
Os mesmos que eu jurei te amar
sábado, 19 de fevereiro de 2011
veneno
O veneno que sua alma destila
Dando vida a toda dor imaginável
Que brota em terra ruim, em argila
Corre feito rio forte e incansável
Problema insolúvel em meu peito
Por não poder, mas insistir ficar
Ao longe respirando seu ar rarefeito
Sufocado na dor de não poder gritar
Tenho as raízes apodrecidas em lagrimas
Que não secam de um oceano sem fim
E arrebentam em sentimentos em mim
Meu caminho é o mesmo na contra mão
De tudo que eu deveria ter feito
Mas o certo nunca foi minha intenção
Dando vida a toda dor imaginável
Que brota em terra ruim, em argila
Corre feito rio forte e incansável
Problema insolúvel em meu peito
Por não poder, mas insistir ficar
Ao longe respirando seu ar rarefeito
Sufocado na dor de não poder gritar
Tenho as raízes apodrecidas em lagrimas
Que não secam de um oceano sem fim
E arrebentam em sentimentos em mim
Meu caminho é o mesmo na contra mão
De tudo que eu deveria ter feito
Mas o certo nunca foi minha intenção
domingo, 13 de fevereiro de 2011
dias
.
Tem dias que minha fé se abala
Por coisas que eu nem deveria acreditar
Tem dias que seria melhor não ter nascido
Porque algumas ruas não tem fim
Ou tem, o que é pior
A minha descrença se torna então muito frágil
É o que tenho de mais forte em mim
Tem dias que tudo é um triste blues
Nenhuma cor ao meu redor
É quando todos os olhos se fecham
Muito depois dos meus terem cegado
É quando todos me olham
Tarde na minha retina
É o momento em que me vejo mais fechado
.
.
Tem dias que minha fé se abala
Por coisas que eu nem deveria acreditar
Tem dias que seria melhor não ter nascido
Porque algumas ruas não tem fim
Ou tem, o que é pior
A minha descrença se torna então muito frágil
É o que tenho de mais forte em mim
Tem dias que tudo é um triste blues
Nenhuma cor ao meu redor
É quando todos os olhos se fecham
Muito depois dos meus terem cegado
É quando todos me olham
Tarde na minha retina
É o momento em que me vejo mais fechado
.
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